Cada um de nós é extremamente singular. Nossa história, nossos encontros, nossa conjuntura – tudo isso conjugado com a nossa visão sobre o que nos aconteceu ajudam a constituir nossa subjetividade. Alias, ainda que duas pessoas distintas tenham vivenciado situações muito semelhantes, a percepção delas do ocorrido pode ser completamente distinta. Cada um enxerga o mundo de acordo com suas próprias lentes.
Tendo isso em mente, buscamos, de tempos em tempos, entender quais as nossas potencialidades e como elas podem nos auxiliar a conquistar tudo o que tanto queremos. Nessa procura, muitas vezes encontramos alguma dificuldade em perceber ou admitir o que temos de mais forte. Não é raro que foquemos naquilo que não desenvolvemos em nós. Na qualidade que gostaríamos de ter, mas da qual não nos apropriamos.
Contudo, quando nos percebemos incapazes de admirar – ou ao menor observar – nossas habilidades e destrezas, nos desvalorizamos frente aos mais diversos obstáculos. Caso não nos apropriemos de nossas capacidades, nos aproximamos de limitações e entraves deliberadamente.
Nos desencorajamos por acreditar não ser razoável nossa meta ou objetivo diante de nossa desenvoltura.
Esse pensamento amedronta, enfraquece, paralisa. Ele subtrai nossas aptidões nos levando a acreditar que estamos fadados ao fracasso ou à frustração. Somos derrotados antes mesmos de tentar porque nosso maior adversário passa a ser nós mesmos. É uma tentativa de proteção que ao invés de amparar, aprisiona. Ela cerceia nossas possibilidades e impõe barreiras que obstruem nossa liberdade.
A crença que temos a nosso respeito direciona nosso modo de lidar com o nosso contexto, tonalizando nosso desempenho diante de novos objetivos. Desse modo, é preciso permitir a confluência das nossas qualidades com a finalidade de atingir o nosso ideal. Como consequência, grande parte do processo de obtenção de resultados positivos – seja diante de um pequeno alvo ou de um grande fim – sempre será acreditar que isso é possível.