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A IMPORTANCIA DE DESACELERAR

Diante das inúmeras exigências que a vida nos impõe, desenvolvemos cada vez mais a capacidade de realizar diversas tarefas ao mesmo tempo. Contudo, caso não percebamos a importância de desacelerar, podemos acabar enfraquecendo nossa produtividade ou abrindo mão do progresso. Diminuir a celeridade pode nos ajudar, assim, a nos reconectar com a busca pela nossa qualidade de vida.

Na física, dizemos que um objeto está acelerado quando ele consegue percorrer uma distância mais longa em um menor período de tempo. Traçando um paralelo, acabamos por não saborear o processo se chegamos rápido a um objetivo, valorizando apenas os resultados. Isso acaba derivando em diminuição daquilo que podemos aproveitar. Ao sermos carregados por esse modo ágil, abandonamos os detalhes.

Desacelerar é uma escolha que deve ser necessariamente consciente. Quando optamos por apreciar os benéficos que colhemos ao fazer suspensões, nossa história ganha um novo ritmo. Em consequência, os níveis de estresse e de angústia diminuem e conseguimos acalmar os pensamentos, inclusive para obter maior organização e planejamento mental de acordo com todos os nossos objetivos.

De certo, podemos ampliar essa qualidade. Quando nos policiamos para assumir menos compromissos simultâneos, buscamos diminuir o tempo de conexão com as diferentes telas que permeiam nossas vidas ou apreciamos os detalhes que nos cercam, encontramos muito mais prazer em cada atividade. Isso ignifica que aprendemos a saborear os bons momentos aproveitando para desfrutar das sensações positivas que essa postura pode nos trazer.

Uma vida desequilibrada pode levar ao adoecimento. Nesse sentido, um olhar mais demorado para nosso ritmo ou para o modo como percebemos o passar do tempo ao longo dos dias, pode nos fornecer pistas valiosas sobre nosso estilo de vida e se mostrar um convite significativo para sair do padrão automático. Entender quando a prontidão realmente é necessária e quando nos apropriamos dela por costume ou inércia faz toda a diferença.

Alternar nossa frequência entre momentos velozes e lentos significa ser mais coerente com nosso corpo e nossa mente – respeitando os limites e nos apropriando das oscilações para a recuperação. Para conseguir sustentar o avanço e o crescimento se faz necessária a pausa. É através dela que nos permitimos refletir sobre o sentido do que estamos desenvolvendo e sobre as necessidades envolvidas nessa movimentação. Com isso, passamos a entender que direção sempre se torna muito mais importante do que a simples velocidade.

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